Teatro

O teatro amador na Academia remonta praticamente à sua origem por ser, a par da Banda Filarmónica, uma das principais actividades culturais da época.

No entanto, é a partir dos anos trinta que a actividade dramática parece ter um maior incremento, isto sabe-se, por declarações de sócios mais antigos que outrora pertenceram ao grupo de teatro. Existem também desse período, que se estende até aos anos 50, registos da passagem de alguns grupos de teatro pela Colectividade, a prová-lo estão alguns escritos, fazendo alusão ao seu nome, inscritos nas paredes de madeira dos antigos camarins.

Em 1969, o teatro na academia teve novo arremedo, em que se representou, entre outras, a peça “O Auto do Tio Joaquim” de António Aleixo. Infelizmente este período foi sol de pouca dura.

Para falar de teatro novamente na academia temos que nos situar em 1986, em que se constituiu então o grupo Teatro Experimental “A Barca” da Academia. Esse grupo que se manteve em atividade por um período curto, mas com obra realizada em que se representaram as peças: “Cortei-me ao Parti-la” de Nuno Custódio e “O Homem da Máquina de Escrever” de Fernando Campos. Peça que concorreu ao Festival de Teatro Amador de Lisboa e que foi premiada com o troféu de Melhor Actor, atribuído a Nuno Custódio.


Galeria de Cartazes

Desde então, a actividade teatral só voltou à academia em 2002 com a formação do Grupo de Teatro da Academia que retomou a regularidade, produzindo trabalho em que se destacam as peças: “Cenas Mestre Gil Vicente”, “Quem é o Hugo?”, “Ponto R”e “2º Esquerdo”. Estas peças foram incluídas em iniciativas promovidas pela JFL, nomeadamente nas Festas da Freguesia 2002 (“Cenas de Mestre Gil Vicente” peça que assinalou os 500 anos de Teatro em Portugal) e Festa 2003 (“Quem é o Hugo?”) e 2004 (“Ponto R”).

No início de Outubro de 2006, foi iniciada uma actividade regular de ensaios todas as semanas com direcção de António Abernú. Além dos ensaios, é ministrada formação em termos do trabalho base do actor, em prol de criar ferramentas, espírito de grupo e continuidade de trabalho aos novos elementos que integram o grupo. Em Dezembro de 2006, o grupo estreia um pequeno trabalho infantil apresentado na festa de Natal da Academia, “A Prenda do Henrique Sempre Espera”, seguindo-se outras como “A Minha Família”, de Carlos Liscano, “A Festa”, de Spiro Scimone, a leitura encenada da “Tabacaria” de Álvaro de Campos, entre outras.

Em Outubro de 2009 a Encenadora Mariana Moreira vem dar continuidade ao trabalho do Grupo, onde se integram novos elementos e se apresenta um espectáculo infantil “O Cântico de Natal”, de Charles Dickens, e “Banco dos Pobres”.

2011 é o ano em que a Encenadora Elsa Branco toma conta do grupo, apresentando peças como “A Viagem” e “O Caracol Julião”-

Em Outubro de 2015, o grupo passou a ser encenado pelo duo Mónica Talina e Gonçalo Cabral que, enfrentando uma fase de renovação do próprio grupo, conseguiram ainda assim apresentar em Dezembro a peça “Barba Azul”, seguindo-se outras como “Aonde para o Autocarro”, de Luis Gonçalves, “A Ratoeira”, de Agatha Christie, “Amén”, e, já a solo, Gonçalo Cabral apresenta “O Corvo”, “Puro Sangue” (CLIQUE PARA VER NO NOSSO CANAL DO YOUTUBE) e “Crimes Exemplares”, esta última já em tempos de pandemia e num formato diferente: uma peça gravada em zoom, que estreou no canal de youtube da Academia, com cerca de 300 visualizações.

Crimes Exemplares - Gravado em Zoom | Junho 2021

Voltar para o topo